A desconsideração da personalidade jurídica e, pois, o incidente ordinariamente necessário ao debate de seu cabimento, são temas recorrentes no dia a dia de qualquer advogado corporativo. Aliás, temas deveras sensíveis, porque sujeitos a inúmeras problematizações de acordo com as características do caso concreto.
Sendo certo que a doutrina vem refletindo esses temas há anos, existindo trabalhos de relevo na literatura jurídica brasileira, não se tem notícia de obras em que a desconsideração da personalidade jurídica e o incidente de desconsideração sejam objeto de análise plural, isto é, por profissionais de diferentes áreas; que se debrucem sobre esses temas com as lentes dos respectivos ramos de especialização e bagagens profissionais.
Diuturnamente, tribunais são provocados a apreciar pretensões à desconsideração da personalidade jurídica ou desconsiderações inversas. Inclusive, com a entrada em vigor da Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019 (Declaração dos Direitos de Liberdade Econômica), os órgãos jurisdicionais foram provocados a examinar a consistência de seus repertórios. Além de sensível e sujeito a problematizações, anote-se que o legislador ofereceu novos temperamentos à aplicação do instituto da desconsideração.
A desconsideração da personalidade jurídica e, pois, o incidente ordinariamente necessário ao debate de seu cabimento, são temas recorrentes no dia a dia de qualquer advogado corporativo. Aliás, temas deveras sensíveis, porque sujeitos a inúmeras problematizações de acordo com as características do caso concreto.
Sendo certo que a doutrina vem refletindo esses temas há anos, existindo trabalhos de relevo na literatura jurídica brasileira, não se tem notícia de obras em que a desconsideração da personalidade jurídica e o incidente de desconsideração sejam objeto de análise plural, isto é, por profissionais de diferentes áreas; que se debrucem sobre esses temas com as lentes dos respectivos ramos de especialização e bagagens profissionais.
Diuturnamente, tribunais são provocados a apreciar pretensões à desconsideração da personalidade jurídica ou desconsiderações inversas. Inclusive, com a entrada em vigor da Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019 (Declaração dos Direitos de Liberdade Econômica), os órgãos jurisdicionais foram provocados a examinar a consistência de seus repertórios. Além de sensível e sujeito a problematizações, anote-se que o legislador ofereceu novos temperamentos à aplicação do instituto da desconsideração.
SOBRE OS ORGANIZADORES
SOBRE OS AUTORES
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO 1
Bruna Catarina Alves Quixabeira
Carlos André Rodrigues Pereira Lima
RESPONSABILIDADE DO SÓCIO E DO GESTOR POR DÉBITOS TRIBUTÁRIOS NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA: A APLICAÇÃO DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA ÀS EXECUÇÕES FISCAIS
1 A desconsideração da personalidade jurídica e o incidente de desconsideração no direito brasileiro
2 A natureza jurídica da responsabilização tributária de terceiro no direito brasileiro
3 Responsabilização do sócio ou do gestor por débitos tributários da pessoa jurídica
3.1 A aplicação do instituto da desconsideração jurídica às execuções fiscais
Conclusões
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 2
Daniel Jerônimo Magalhães
Guilherme Emerenciano Massa Lima
Júlia Leite Mesquita
Cássio Nunes de Lira Braga
A DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E O SÓCIO MINORITÁRIO: REQUISITOS DO CÓDIGO CIVIL E SUA APLICAÇÃO PELOS TRIBUNAIS PÁTRIOS
Introdução
1 Novos delineamentos do instituto da desconsideração da personalidade jurídica a partir da lei da liberdade econômica – alterações do artigo 50 do código civil
2 Requisitos do art. 50 do Código Civil para definição da extensão dos efeitos subjetivos da desconsideração aos sócios
2.1 Participação no ato ilícito
2.2 O requisito do benefício direto e/ou indireto
2.3 Aplicação dos requisitos
3 As hipóteses fáticas surgidas a partir dos requisitos
3.1 Hipótese I
3.2 Hipótese II
3.3 Hipótese III
3.4 Hipótese IV
4 Posição jurídica do sócio minoritário e a problemática da atribuição indistinta dos efeitos subjetivos da desconsideração da personalidade jurídica
5 Análise jurisprudencial
Considerações Finais
Referências bibliográficas
Anexo I
CAPÍTULO 3
Francisco Arthur de Siqueira Muniz
AS RESPONSABILIDADES DECORRENTES DA INSTAURAÇÃO DE INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA MANIFESTAMENTE INFUNDADO
1 Contextualização do problema e delineamento do percurso da investigação: as consequências da interposição de incidente de desconsideração da personalidade jurídica que venha a ser considerado manifestamente infundado
2 O conceito juridicamente indeterminado de “incidente manifestamente infundado” e o seu papel na concretização normativa da litigância de má-fé
3 O “incidente manifestamente infundado” como a concretização do abuso de direito processual e/ou litigância de má-fé
4 A condenação ao pagamento de honorários advocatícios em Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica manifestamente infundado
Conclusões: as responsabilidades decorrentes da litigância ímproba e o papel do judiciário em combater o manejo desmedido de Incidentes de Desconsideração da Personalidade Jurídica
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 4
Gisela Burle Cosentino
Maria Gabriela Figueiredo Parreira de Moura
A DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA COMO FATOR DE (DES)INCENTIVO AO INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO NO BRASIL: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O DIREITO BRASILEIRO E O DIREITO INGLÊS
Introdução
1 Origem do instituto da Desconsideração da Personalidade Jurídica e a doutrina “Piercing the Corporate Veil” inglesa
1.1 Limitação de Responsabilidade dos Sócios
1.2 Salomon v. Salomon & Co: o princípio da doutrina “Piercing the Corporate Veil”
3 Análise do atual cenário jurídico
3.1 Atual aplicação da “Piercing the Corporate Veil”: Análise do Direito Inglês
3.2 Atual aplicação da “Desconsideração da Personalidade Jurídica”: Análise do Direito Brasileiro
4 Análise comparativa
4.1 Piercing the Corporate Veil x Desconsideração da Personalidade Jurídica: a tradução brasileira do instituto representa riscos adicionais a investidores estrangeiros?
Referências
CAPÍTULO 5
João Victor de Araújo Azevedo
Marina Vilela Lima de Almeida
ENTRE A VEDAÇÃO DA FRAUDE AOS CREDORES E AS PRERROGATIVAS INERENTES À PERSONALIDADE JURÍDICA: A OMISSÃO LEGISLATIVA E OS LIMITES E POSSIBILIDADES DE APLICAÇÃO DO INSTITUTO DA DESCONSIDERAÇÃO INVERSA
1 Instituto da Disregard Doctrine
1.1 Desconsideração Inversa da Personalidade Jurídica
2 Teoria maior
2.1 Requisitos necessários para aplicabilidade no âmbito da desconsideração inversa (Código Civil, art. 50)
2.2 Importância da limitação de incidência da desconsideração inversa como proteção ao patrimônio da pessoa jurídica e seus respectivos sócios
3 Sopesamento entre a desconsideração inversa e a proteção aos princípios inerentes à pessoa jurídica
3.1 Análise prática dos limites a serem observados acerca da desconsideração inversa
Conclusão
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 6
Maria Júlia Campelo Rodrigues
Tiago Miranda Neves Baptista
Elisa Arraes de Alencar Khan
COMPETÊNCIA DO TCU PARA A APLICAÇÃO DO IDPJ NOS CONTRATOS PÚBLICOS
1 IDPJ nos contratos públicos
1.1 Introdução
1.2 Dos contratos públicos
1.3 Desconsideração da personalidade jurídica pelo Tribunal Administrativo. A teoria dos poderes implícitos
2 O incidente da desconsideração da personalidade jurídica no TCU
2.1 O posicionamento do TCU antes da Lei Anticorrupção
2.2 A lei anticorrupção
3 O papel do STF na competência do TCU
3.1 O acórdão paradigma no STF
3.2 O acórdão do TCU
Conclusão
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 7
Luiza Medeiros Leite
Renan Dias de Albuquerque
Tainã Almeida Pinheiro de Sousa
DA NECESSIDADE DE INSTAURAÇÃO DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA PARA O REDIRECIONAMENTO DAS EXECUÇÕES FISCAIS AOS GRUPOS ECONÔMICOS
Introdução
1 Matriz da sujeição passiva tributária no CTN
2 Definição de grupos econômicos
3 Redirecionamento e responsabilização nas execuções fiscais
4 Necessidade de instauração do IDPJ para redirecionamento das execuções fiscais aos grupos econômicos
Considerações finais
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 8
Marianna Moreira Alves de Vasconcelos
Beatriz Maia dos Anjos
(DES)NECESSIDADE DE INSTAURAÇÃO DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA EM EXECUÇÕES FUNDADAS EM TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS: ANÁLISE DOUTRINÁRIA E CONFRONTO ENTRE JULGADOS DO TJPR E TJSP
Introdução
1 A ampla defesa no CPC/15
2 O Instituto da Desconsideração da Personalidade Jurídica: novas garantias no CPC/15
3 Estudo de caso prático para identificar divergência de posicionamento na doutrina e jurisprudência pátria
A) Pedido de desconsideração da personalidade jurídica em petição inicial de ação executiva fundada em título extrajudicial não fere a ampla defesa
B) Pedido de desconsideração da personalidade jurídica em petição inicial de ação executiva fundada em título extrajudicial fere a ampla defesa
Conclusão
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 9
Marília Araújo de Albuquerque
Maria Sofia Cesar Correia de Farias
AO VENCEDOR, AS BATATAS! REFLEXÕES SOBRE A DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA A PARTIR DAS RELAÇÕES FAMILIARES
Introdução
1 Expressões Assimétricas da comunicação patrimonial e a desconsideração da personalidade jurídica
2 Fraude, violência patrimonial e desconsideração inversa
Conclusão
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 10
Mateus Costa Pereira
LIMITAÇÕES NEGOCIAIS AO/NO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: UMA BREVE ANÁLISE DE SUA VIABILIDADE MEDIANTE OS NEGÓCIOS PROCESSUAIS
Introdução
1 Da teoria do fato jurídico à teoria do fato jurídico processual
2 O negócio jurídico processual na tipologia dos fatos jurídicos processuais
3 O Código de Processo Civil e a cláusula geral de negociação processual
4 Limitação negocial ao incidente de desconsideração da personalidade jurídica (IDPJ)
Considerações finais
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 11
Matheus Carvalho Silva
Maria Beatriz Corrêa Piquet Gonçalves
OS PRESSUPOSTOS PARA A DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: UMA CONCEPÇÃO RETÓRICA DA CONFUSÃO PATRIMONIAL E DO DESVIO DE FINALIDADE À LUZ DA JURISPRUDÊNCIA DO TJPE
Introdução
1 Fundamentos da personalidade jurídica e pressupostos para a desconsideração
2 A “Catedral de Rouen” e conceitos jurídicos indeterminados: do desvio de finalidade e da confusão patrimonial
3 De Montesquieu a Katarina Sobota: análise quantitativa e qualitativa da jurisprudência do Egrégio Tribunal de Justiça de Pernambuco
Conclusões
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 12
Gabriel Eugênio Barreto Moreira
Myrtis Guimarães Costa
OS LIMITES À DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA – UMA ANÁLISE CRÍTICA DO PARECER NORMATIVO Nº 4/2018 DA SECRETARIA DA RFB
Introdução
1 Objeto do parecer normativo sob análise
2 Resgate ao significado da expressão “interesse comum”
3 O real objetivo do parecer normativo
Conclusões
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 13
Rafaela Oliveira de Morais
DA CONTROVÉRSIA RELATIVA À EXTENSÃO SUBJETIVA DA CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA A TERCEIROS NÃO SIGNATÁRIOS E A POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO INSTITUTO DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. ANÁLISE SOB A ÓTICA DO RECURSO ESPECIAL Nº 1.698.730/SP
Introdução: a possibilidade de desconsiderar a personalidade jurídica para assegurar a satisfação de eventual sentença arbitral
1 Da explanação fática do REsp nº 1.698.730 - SP
2 Da cláusula compromissória (doravante denominada “CP’’) e o princípio da competência-competência
a) A extensão subjetiva da CP abordada no acórdão do REsp nº 1.678.730/SP
3 A possibilidade de extensão subjetiva da CP em razão da Desconsideração da Personalidade Jurídica. Realidade fática do Recurso Especial Cível Nº 1.698.730 - SP (2016/0146726-1)
a) Da discussão acerca da competência do Tribunal Arbitral
Conclusão
Referências bibliográficas
ISBN | 978-65-5959-054-4 |
Dimensões | 23 x 15.5 x 2 |
Tipo do Livro | E-book |
Páginas | 286 |
Edição | 1 |
Idioma | Português |
Editora | Editora Thoth |
Publicação | Maio/2021 |
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Doutorando em Direito Civil pela Universidade de Coimbra, Portugal. Visiting Researcher na National University of Singapore. Mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Pós-Graduado em Direito Marítimo e Portuário; UNINASSAU. Graduado em Direito; Universidade Federal de Pernambuco, tendo estudado parte da graduação em Direito na Universidade de Coimbra, Portugal. Integrante da Singapore International Arbitration Centre Academy 2019. Advogado. E-mail: fasiqueira.muniz@gmail.com
Doutor em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Professor de Processo Civil da Unicap. Diretor de Assuntos Institucionais da Associação Brasileira de Direito Processual (ABDPro). Membro fundador da Annep. Advogado.