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A Defensoria Pública da União na Efetiva Tutela dos Direitos Previdenciários Latentes: Uma Atuação Interdisciplinar, Judicial e Extrajudicial em Favor do Necessitado Vulnerabilizado

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*Previsão de envio a partir do dia 27/05/2023


A presente obra busca analisar inicialmente o complexo fenômeno do acesso à justiça, identificando em vetustos pilares, metaforicamente representados por ondas renovatórias, o esforço de políticas públicas voltadas para superação de obstáculos que impeçam a efetividade de uma ordem jurídica justa. Nessa linha de análise, é objetivo do trabalho explorar referenciais sociais representativos da contemporaneidade de novos desafios ao acesso à justiça e, por meio do paradigma da busca de uma distribuição qualitativa e equânime da justiça, selecionar o foco do acesso pela perspectiva do necessitado vulnerabilizado. A deficiência do acesso à justiça é problema complexo e multifacetado, resultante de múltiplas variáveis conjunturais e estruturais, que demandam das instituições um atuar interdisciplinar e em rede para, com foco no necessitado poder, adequada e eficazmente elevar a tipologia democrática do Estado de Direito brasileiro. Nesse contexto, a DPU exerce papel de verdadeiro custos vulnerabilis, ao ponto de identificar e combater os novos desafios ao acesso à justiça, atuando para além das fáceis consequências cartesianas, sobre a causa mediata, causa-raiz, e os elementos vulnerabilizantes atrelados à causalidade circular, verdadeiros responsáveis pela exclusão e invisibilidade sociais. Para tanto, são imprescindíveis a ressignificação e a configuração de um novo desenho da DPU, em que o foco da atuação institucional seja uma atuação otimizada para fins de uma representação adequada do necessitado vulnerabilizado, por meio de método que se oriente por pensamentos sistêmicos e de design thinking, que abarquem os desafios da tutela de direitos em uma sociedade plural, volátil, complexa que vivência ambiguidades. Partindo-se de argumentos afetos à análise econômica do direito, devidamente equalizados para um resultado que assegure a tutela do direito ao mínimo existencial, num contexto de absurda concentração de riqueza e extrema desigualdade social, a pesquisa visa demonstrar, mediante argumentos teóricos, fáticos e dados empíricos quali-quantitativos, que a promoção do acesso à justiça do necessitado vulnerabilizado pode ser otimizada por uma atuação adequada e diferenciada da DPU. Assim, no contexto da escassez de recursos e mecanismos de justiça, avaliar se a estruturação e promoção de uma reformulação estratégica e um novo desenho da DPU, para priorização da tutela de direitos previdenciários latentes, impactados pela opacidade do direito, é um ponto de alavancagem de virtudes e valores que gerem a visibilidade dos direitos e o empoderamento do cidadão. O processo de identificação das necessidades e priorização dos interesses dos múltiplos participantes sociais (stakeholders) exige um representante adequado daqueles inabilitados para participar da arena política, cuja atuação seja voltada ao combate de mediatos agentes vulnerabilizantes; entretanto, para que a tutela do necessitado vulnerabilizado seja adequada, torna-se necessário racionalizar e selecionar políticas públicas que gerem o máximo de resultado com o mínimo de esforço e, a partir dessa lógica, promover oportunidades de justiça que garantam a eficiente e equânime concretização dos direitos previdenciários.  

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Autores: Marcus Vinicius Rodrigues Lima

*Previsão de envio a partir do dia 27/05/2023


A presente obra busca analisar inicialmente o complexo fenômeno do acesso à justiça, identificando em vetustos pilares, metaforicamente representados por ondas renovatórias, o esforço de políticas públicas voltadas para superação de obstáculos que impeçam a efetividade de uma ordem jurídica justa. Nessa linha de análise, é objetivo do trabalho explorar referenciais sociais representativos da contemporaneidade de novos desafios ao acesso à justiça e, por meio do paradigma da busca de uma distribuição qualitativa e equânime da justiça, selecionar o foco do acesso pela perspectiva do necessitado vulnerabilizado. A deficiência do acesso à justiça é problema complexo e multifacetado, resultante de múltiplas variáveis conjunturais e estruturais, que demandam das instituições um atuar interdisciplinar e em rede para, com foco no necessitado poder, adequada e eficazmente elevar a tipologia democrática do Estado de Direito brasileiro. Nesse contexto, a DPU exerce papel de verdadeiro custos vulnerabilis, ao ponto de identificar e combater os novos desafios ao acesso à justiça, atuando para além das fáceis consequências cartesianas, sobre a causa mediata, causa-raiz, e os elementos vulnerabilizantes atrelados à causalidade circular, verdadeiros responsáveis pela exclusão e invisibilidade sociais. Para tanto, são imprescindíveis a ressignificação e a configuração de um novo desenho da DPU, em que o foco da atuação institucional seja uma atuação otimizada para fins de uma representação adequada do necessitado vulnerabilizado, por meio de método que se oriente por pensamentos sistêmicos e de design thinking, que abarquem os desafios da tutela de direitos em uma sociedade plural, volátil, complexa que vivência ambiguidades. Partindo-se de argumentos afetos à análise econômica do direito, devidamente equalizados para um resultado que assegure a tutela do direito ao mínimo existencial, num contexto de absurda concentração de riqueza e extrema desigualdade social, a pesquisa visa demonstrar, mediante argumentos teóricos, fáticos e dados empíricos quali-quantitativos, que a promoção do acesso à justiça do necessitado vulnerabilizado pode ser otimizada por uma atuação adequada e diferenciada da DPU. Assim, no contexto da escassez de recursos e mecanismos de justiça, avaliar se a estruturação e promoção de uma reformulação estratégica e um novo desenho da DPU, para priorização da tutela de direitos previdenciários latentes, impactados pela opacidade do direito, é um ponto de alavancagem de virtudes e valores que gerem a visibilidade dos direitos e o empoderamento do cidadão. O processo de identificação das necessidades e priorização dos interesses dos múltiplos participantes sociais (stakeholders) exige um representante adequado daqueles inabilitados para participar da arena política, cuja atuação seja voltada ao combate de mediatos agentes vulnerabilizantes; entretanto, para que a tutela do necessitado vulnerabilizado seja adequada, torna-se necessário racionalizar e selecionar políticas públicas que gerem o máximo de resultado com o mínimo de esforço e, a partir dessa lógica, promover oportunidades de justiça que garantam a eficiente e equânime concretização dos direitos previdenciários.  

SOBRE O AUTOR

AGRADECIMENTOS

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS


INTRODUÇÃO

  

CAPÍTULO 1 

O ACESSO À JUSTIÇA E A SUA CONTEMPORANEIDADE

1.1 O dinamismo do movimento em direção ao acesso à justiça

1.2 O acesso à justiça no contexto do Welfare State

1.3 A evolução do acesso à justiça no Brasil

1.4 A natureza jurídica do acesso à justiça

1.5 O princípio da igualdade material como base do acesso à justiça

1.6 O acesso à justiça segundo Marc Galanter

1.7 O acesso à justiça na perspectiva de John Rawls

1.8 As ondas renovatórias do projeto de Florença

1.8.1 Primeira onda: a remoção do obstáculo econômico

1.8.2 Segunda onda: obstáculo organizacional

1.8.3 Terceira onda: o enfoque do acesso à justiça pela simplificação e desjudicialização

1.9 A contemporaneidade dos novos obstáculos

1.9.1 Quarta onda: ética nas profissões jurídicas e acesso dos advogados à justiça

1.9.2 Quinta onda: o impacto da tutela dos direitos humanos

1.9.3 Sexta onda: os obstáculos da Tecnologia

1.9.3.1 O avanço da tecnologia no sistema judicial brasileiro

1.9.3.2 A Internet como um direito fundamental social

1.9.4 Sétima onda: desigualdade de gênero e raça nos sistemas de justiça

1.9.5 Oitava onda: necessidade jurídicas (não atendidas) e a sociologia da (in)justiça

1.9.6 Nona onda: abordagens antropológica e pós-colonial

1.9.7 Décima onda: educação jurídica

1.9.8 Décima primeira onda: esforços globais na promoção do acesso à justiça


CAPÍTULO 2 

A TUTELA ADEQUADA DO VULNERÁVEL NA PERSPECTIVA DO ACESSO À JUSTIÇA

2.1 A tutela das vulnerabilidades sociais como perspectiva do acesso à justiça

2.1.1 A vulnerabilidade dos direitos sociais previdenciários

2.1.2 O concurso de vulnerabilidades e a hipervulnerabilidade (vulnerabilidade agravada)

2.2 A realidade socioeconômica brasileira e a extrema desigualdade

2.2.1 A concentração da renda no Brasil

2.2.2 A insegurança alimentar como máximo da perturbação existencial

2.2.3 A extrema pobreza como agravante da desigualdade social e o sistema de não Estado de Direito

2.3 O mínimo existencial como perspectiva da tutela da vulnerabilidade social

2.3.1 O conteúdo essencial dos direitos fundamentais e sua simbiose com o mínimo existencial

2.3.2 O custo dos direitos e a chamada jurisprudência de crise

2.3.3 A dimensão fática da reserva do possível e sua equalização

2.3.4 A proporcionalidade como critério de harmonização do sistema jurídico

2.3.5 A dimensão instrumental do mínimo existencial assecuratória do acesso à justiça


CAPÍTULO 3 

O PAPEL DA DEFENSORIA PÚBLICA COMO INSTITUIÇÃO OFICIAL DE PROMOÇÃO AO ACESSO À JUSTIÇA

3.1 Modelos de assistência jurídica

3.1.1 Modelo pro bono

3.1.2 Modelo judicare

3.1.3 Modelo público (salaried staff)

3.1.4 Modelo híbrido ou misto

3.1.5 Modelo socialista

3.2 A origem da Defensoria Pública no Brasil

3.3 A estrutura e o papel da Defensoria Pública da União

3.4 A hipossuficiência e a vulnerabilidade do necessitado como condicionante da atuação da Defensoria Pública

3.5 A legitimidade da Defensoria Pública para ações civis públicas como instrumento de tutela dos direitos dos grupos vulneráveis

3.5.1 A representação adequada como essência da tutela jurídica efetiva

3.6 Defensoria Pública como custos vulnerabilis

3.6.1 Litígios Estruturantes e o reconhecimento do custos vulnerabilis


CAPÍTULO 4 

UM NOVO DESENHO DA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO E O IMPACTO DOS FENÔMENOS COMPLEXOS NO ACESSO À JUSTIÇA

4.1 O pensamento voltado para um novo desenho

4.2 O fenômeno complexo como lente para entender o acesso à justiça

4.3 O pensamento complexo

4.4 A prevenção de conflitos e a litigiosidade predatória

4.5 Mecanismos de atuação da Defensoria Pública da União e sua contemporaneidade

4.5.1 A proposta de criação de Núcleo de Atuação Especializada

4.5.1.1 As delimitações temáticas e a atuação do Núcleos Estratégicos 

4.5.2 Planejamento Estratégico

4.5.2.1 Método Grumbach

4.5.3 Iniciativas Estratégicas

4.5.4 A educação em direitos previdenciários como ponto de alavancagem de uma justiça social

4.5.5 A Defensoria Pública da União na atuação estratégica da vulnerabilidade previdenciária


CAPÍTULO 5

A OPACIDADE E A LATÊNCIA DOS DIREITOS PREVIDENCIÁRIOS À LUZ DAS OPORTUNIDADES DE JUSTIÇA

5.1 A opacidade dos direitos previdenciários

5.2 Da latência dos direitos

5.3 A teoria da latência dos direitos previdenciários

5.4 A fraternidade como aditivo da visibilidade dos direitos previdenciários latentes

5.5 Oportunidades de justiça

5.6 O padrão vulnerabilizante das condições de trabalho em redes contratuais do setor de vestuário: estudo de caso

5.6.1 As oficinas de costura em São Paulo e a redução à condição análoga a de escravo de grupo de estrangeiros vítimas de tráfico de pessoas

5.6.2 A natureza preventiva e pedagógica dos danos morais coletivos

5.6.3 Da obrigação assumida pelo Brasil em relação ao combate ao tráfico de pessoas e ao trabalho escravo – da prevenção, repressão e reparação

5.6.4 O dumping social e a responsabilidade da empresa – da subordinação estrutural e do princípio da primazia da realidade

5.6.4.1 A normatização da terceirização trabalhista

5.6.5 A busca pela adequada proteção previdenciária do trabalhador submetido à condição análoga à de escravo

5.6.5.1 Os reflexos previdenciários do reconhecimento do trabalhador submetido às condições análogas a de escravo como segurado obrigatório

5.6.6 Atuação da Defensoria Pública da União na tutelada do grupo vulnerável identificado como vítimas de tráfico de pessoas e trabalho escravo


CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

ISBN 978-65-5959-457-3
Dimensões 23 x 15.5 x 2
Tipo do Livro Impresso
Páginas 281
Edição 1
Idioma Português
Editora Editora Thoth
Publicação Abril/2023
  1. Marcus Vinicius Rodrigues Lima
    Pós-Doutorando em Direito na Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Doutor em Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC SP, 2022. Mestre em Direito na Faculdade Autônoma de Direito - FADISP, em 2013. Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. UNI-RIO (2002). Atuou como advogado do escritório tributário WOLFF & FLINTZ. Foi oficial do Quadro Técnico da Marinha do Brasil, cargo com especialidade jurídica tendo servido no Centro de Instrução Almirante Waldenkoc - CIAW, no primeiro distrito Naval (2004). Cursou a ANP - Academia Nacional de Polícia Federal, na turma de delegado de polícia Federal (2005). Assumiu o cargo de delegado de polícia federal, a Chefia da Delegacia da Polícia Federal em Tabatinga/AM (2006) e a chefia da DELEPREV na Superintendência da Polícia Federal no Amazonas - SR/AM. Em 2006 assumiu o cargo de defensor público federal titularizando ofício criminal e a Chefia da unidade de Guarulhos (2006/2008). Em 2009 foi coordenador do Núcleo de Acompanhamento Processual na Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro. Em 2010, titularizou ofício criminal na Defensoria Pública da União em São Paulo. De 2011/2013, titularizou o ofício de DHTC - Direitos Humanos e Tutela Coletiva, bem como, a Chefia da Defensoria Pública da União em São Paulo. Atualmente é defensor público federal regional, com atuação junto ao Tribunal Regional Federal da Terceira Região, titularizando o 5º Ofício Regional Cível na DPU/SP e ex-professor de Direito Processual Civil da Pós- graduação da Universidade Nove de Julho - UNINOVE. Integrante de Grupo de Pesquisa: “os impactos do Código de Processo Civil de 2015 na democracia e na sociedade”. Atualmente é professor de Direito na Universidade do Vale do Paraíba - UNIVAP de São José dos campos/SP.

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