*Previsão de envio a partir do dia 18/04/2022
Trata-se, portanto, de uma obra que se enquadra no conceito de Umberto Eco de tese panorâmica, detalhe que lhe confere o caráter de um verdadeiro manual de direito processual civil sem abdicar do aprofundamento temático dos institutos tratados, os quais foram estudados a partir das mais diversas fontes do direito, partindo, reitere-se, da história dos institutos jurídicos atrelados ao problema de pesquisa, tornando o passado contemporâneo, como acrescentaria Nelson Saldanha, perpassando pelo dissecamento da dogmática nacional e comparada, tudo isso com uma verticalização teórica típica de uma dissertação de um mestrado acadêmico.
Do ponto de vista da pesquisa, o livro prefaciado credencia-se pela investigação realizada através de uma metodologia rigorosa que associou o método exploratório-descritivo procedido pela revisão de literatura representada pelos melhores referenciais teóricos existentes no Brasil e no direito comparado, com a pesquisa empírica e o uso do método da ACD (Análise Crítica do Discurso), subsidiado por Luiz Alberto Warat e Virgínia Colares, aplicado a um estudo de caso extraído do Resp. nº1.352.721-SP (2012/0234217-1) que adotou os critérios ideológicos de Thompson, mediante a anonimização dos participantes do julgamento para desvendar, dentre outras nuances, que o relator optou por uma mera legitimação universalizante como razão de decidir, “... a partir de uma narrativa não da situação objeto de julgamento concretamente, e sim na perspectiva de um dever ser, terminando por deixar claro o intuito, a finalidade do decidir, ao invés de ser um decidir em si”.
Esse rigor investigativo, frise-se, independente e imparcial, robustece-se na última parte do livro, como reforço metodológico que comprovará a principal hipótese levantada, isto é, a necessidade de uma atuação mais contida dos(as) juízes(as) capaz de mitigar a discricionariedade na eleição das premissas decisionais, em especial, quanto à primazia do mérito.
Alexandre Freire Pimentel
Ao tratar de Morin e do paradigma da complexidade, resgatando as principais críticas que o filósofo endereça ao paradigma da simplificação, estou falando de Rodrigo Melgaço e da obra apresentada. Em verdade, advertindo o(a) leitor(a) que Rodrigo não é vítima desse paradigma. Conseguintemente, a obra não segue uma abordagem atomista. Ao estudar o objeto litigioso, Rodrigo se viu “impelido” a tratar de modelos processuais, ideologia, garantismo, protagonismo judicial etc., pois não podia separar o que foi tecido conjunto. Isso explica a “multiplicidade” de temas em uma obra dita monográfica.
Se nada disso foi suficiente aos fins de uma apresentação, permita-se uma última tentativa: Rodrigo não permite que seu lado demens seja ocultado pelo sapiens. Sua obra não se furta à complexidade (no sentido de Morin), pois Rodrigo não se esconde atrás de um corte epistemológico.
Mateus Costa Pereira
*Previsão de envio a partir do dia 18/04/2022
Trata-se, portanto, de uma obra que se enquadra no conceito de Umberto Eco de tese panorâmica, detalhe que lhe confere o caráter de um verdadeiro manual de direito processual civil sem abdicar do aprofundamento temático dos institutos tratados, os quais foram estudados a partir das mais diversas fontes do direito, partindo, reitere-se, da história dos institutos jurídicos atrelados ao problema de pesquisa, tornando o passado contemporâneo, como acrescentaria Nelson Saldanha, perpassando pelo dissecamento da dogmática nacional e comparada, tudo isso com uma verticalização teórica típica de uma dissertação de um mestrado acadêmico.
Do ponto de vista da pesquisa, o livro prefaciado credencia-se pela investigação realizada através de uma metodologia rigorosa que associou o método exploratório-descritivo procedido pela revisão de literatura representada pelos melhores referenciais teóricos existentes no Brasil e no direito comparado, com a pesquisa empírica e o uso do método da ACD (Análise Crítica do Discurso), subsidiado por Luiz Alberto Warat e Virgínia Colares, aplicado a um estudo de caso extraído do Resp. nº1.352.721-SP (2012/0234217-1) que adotou os critérios ideológicos de Thompson, mediante a anonimização dos participantes do julgamento para desvendar, dentre outras nuances, que o relator optou por uma mera legitimação universalizante como razão de decidir, “... a partir de uma narrativa não da situação objeto de julgamento concretamente, e sim na perspectiva de um dever ser, terminando por deixar claro o intuito, a finalidade do decidir, ao invés de ser um decidir em si”.
Esse rigor investigativo, frise-se, independente e imparcial, robustece-se na última parte do livro, como reforço metodológico que comprovará a principal hipótese levantada, isto é, a necessidade de uma atuação mais contida dos(as) juízes(as) capaz de mitigar a discricionariedade na eleição das premissas decisionais, em especial, quanto à primazia do mérito.
Alexandre Freire Pimentel
Ao tratar de Morin e do paradigma da complexidade, resgatando as principais críticas que o filósofo endereça ao paradigma da simplificação, estou falando de Rodrigo Melgaço e da obra apresentada. Em verdade, advertindo o(a) leitor(a) que Rodrigo não é vítima desse paradigma. Conseguintemente, a obra não segue uma abordagem atomista. Ao estudar o objeto litigioso, Rodrigo se viu “impelido” a tratar de modelos processuais, ideologia, garantismo, protagonismo judicial etc., pois não podia separar o que foi tecido conjunto. Isso explica a “multiplicidade” de temas em uma obra dita monográfica.
Se nada disso foi suficiente aos fins de uma apresentação, permita-se uma última tentativa: Rodrigo não permite que seu lado demens seja ocultado pelo sapiens. Sua obra não se furta à complexidade (no sentido de Morin), pois Rodrigo não se esconde atrás de um corte epistemológico.
Mateus Costa Pereira
SOBRE O AUTOR
AGRADECIMENTOS
APRESENTAÇÃO
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
REVISITANDO A TEORIA DO OBJETO LITIGIOSO
1.1 Considerações preambulares sobre o tratamento do processo como ciência multifásica concomitante ou interseccional
1.2 Objeto do processo e pretensão
1.2.1 Objeto do processo no Direito Processual Civil Romano
1.2.1.1 Fases da processualística romana
1.3 Esquema sujeito - objeto - Carnelutti e Streck - sujeito-sujeito
1.4 Objeto litigioso e o Direito Alemão
1.4.1 Teoria Material
1.4.2 Teoria Processual
1.4.3 Novas teorias alemãs
1.4.3.1 Teoria do Conceito Relativo do Objeto Litigioso
1.4.3.2 Teoria do Ponto Central
1.5 Identificação das demandas a partir de seu conteúdo
1.5.1 Conteúdo a partir do modelo dogmático analítico
1.5.2 A necessidade do abandono de dogmas e o conteudismo
CAPÍTULO 2
MÉRITO E SUA DELIMITAÇÃO NO PROCESSO
2.1 Primazia do julgamento de mérito e seus vieses a partir da norma fundamental - princípio, regra, postulado normativo ou valor
2.2 Processo, pressupostos processuais e o mérito
2.3 Juízo e juízos jurisdicionais
2.3.1 Juízo de admissibilidade e juízo de mérito
2.3.2 Institutos de admissibilidade
2.3.2.1 Condições da ação e pressupostos processuais
2.3.2.1.1 Proscrição ou manutenção das condições da ação
2.3.2.1.2 Possibilidade jurídica do pedido
2.4 Delimitação do mérito e conteudismo
2.5 (Des)importância do nomen iuris e iuris naturae e a dogmática jurídica
2.5.1 Conteúdo do preâmbulo, ementa, exposição de motivos
2.5.2 Falsas sentenças
2.6 Extinção sem exame do mérito e conteudismo dinâmico
CAPÍTULO 3
PROTAGONISMO, FLEXIBILIZAÇÃO E TÉCNICA PROCESSUAL
3.1 Evolução do protagonismo e reflexos nas fases metodológicas do processo
3.2 Protagonismo judicial
3.3 Flexibilização vs empoderamento e reflexos dos sistemas processuais
3.3.1 Indeterminabilidade do direito e resposta adequada
3.3.2 Formalismo do Período Liberal e Moderno
3.3.3 Disponibilidade e Liberdade processual
3.3.4 Estabilidades processuais
3.3.5 Formalismo Democrático e a flexibilização como dogma
3.4 Non liquet e a expansão global do Poder Judiciário
3.4.1 Jurisdição constitucional e neopro-cessualismo
3.4.2 Indiferença estatal e o Protagonismo
3.4.3 Voluntarismo, movimento por um direito alternativo e teoria do processo como medium linguístico do discurso normativo
3.4.4 Dogmática legalista clássica e estabilidade institucional
3.5 Técnica jurídica, processual e processo justo
3.5.1 Modelo histórico e logicamente antecedente à técnica processual- facticidade
3.5.2 Técnica e máximas de experiência
3.5.3 Eficiência
3.5.4 Abuso processual
3.5.4.1 Modelos de processo, princípio dispositivo e distribuição de função
3.5.4.2 (In)Suficiência da cooperação, impartialidade e imparcialidade
3.5.4.3 Sistema de invalidades. Arts. 282, §§ e 488 do CPC e o “desde que possível” e o “quando puder”
CAPÍTULO 4
PROCESSO E IDEOLOGIA
4.1 Análise crítica do discurso (ACD), comunicação e linguagem
4.2 Autonomia da vontade e protagonismo judicial
4.3 Crítica hermenêutica (CHD) do direito de Lenio Streck
4.4 Análise crítica do discurso jurídico (ACDJ) e racionalismo
4.5 Categorias de análise de operação ideológica
4.6 Análise crítica do discurso jurídico e estudo de caso do Resp. nº1.352.721-SP (2012/0234217-1) a partir dos critérios ideológicos de Thompson
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ISBN | 978-65-5959-221-0 |
Dimensões | 23 x 15.5 x 5 |
Tipo do Livro | Impresso |
Páginas | 606 |
Edição | 1 |
Idioma | Português |
Editora | Editora Thoth |
Publicação | Março/2022 |
-
Doutorando e Mestre em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Pós-Graduação lato sensu em Direito Público pela Faculdade de Direito Damásio de Jesus. Membro da Associação Brasileira de Direito Processual (ABDPro). Juiz de Direito no Tribunal de Justiça de Pernambuco. E-mail: rrme81@gmail.com
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