O
Enunciado 169 da III Jornada de Direito Civil, editado em 2004, aliado ao julgamento
do REsp 758.518/PR, julgado em 2010, contribuíram para que a expressão “duty to
mitigate the loss” ganhasse notoriedade, nacionalmente. Não demorou muito para
que passassem a pulular, nos tribunais pátrios, decisões que a chamavam a lume.
Com o presente trabalho, portanto, pretende-se trespassar a norma de mitigação,
perpassando sua origem, suas nuances em países de tradição common, civil law e,
enfim, no Brasil. O principal objetivo do trabalho, no entanto, não é definir à
exaustão os seus contornos e natureza jurídica, mas analisar uma das
consequências de sua aplicação em solo pátrio: a aplicação do duty to mitigate
a casos de persecução judicial tardia de uma pretensão. O objetivo ganha corpo
quando referidos casos têm, como pano de fundo, a recuperação de crédito
bancário. A evolução legislativa e jurisprudencial a seu respeito – em especial
quanto aos encargos bancários a ele atrelados – permite perceber quais
prejuízos defluem do inadimplemento de operações bancárias e, por isso, deve as
impulsionar à célere persecução judicial tão logo inadimplida a obrigação. Para
tanto, a construção apoia-se em pesquisas bibliográficas predominantemente no
campo do Direito Civil, Direito Bancário e Matemática Financeira, análises
legislativas e inclusive, jurisprudenciais, tanto do regramento pátrio como do
alienígena. O estudo demonstra, em última análise, que a norma de mitigação
impõe à instituição financeira que, constatado o inadimplemento, obre tão logo lhe
seja possível, exercitando o direito de ação destinado à satisfação judicial de
seu crédito. Do contrário – ou seja, se se mantiver inerte e se demorar a
promover a persecução de sua pretensão – contribuirá irremediavelmente para que
seus prejuízos sejam agravados, permitindo, nesse caso, o decote do
ressarcimento.
O Enunciado 169 da III Jornada de Direito Civil, editado em 2004, aliado ao julgamento do REsp 758.518/PR, julgado em 2010, contribuíram para que a expressão “duty to mitigate the loss” ganhasse notoriedade, nacionalmente. Não demorou muito para que passassem a pulular, nos tribunais pátrios, decisões que a chamavam a lume. Com o presente trabalho, portanto, pretende-se trespassar a norma de mitigação, perpassando sua origem, suas nuances em países de tradição common, civil law e, enfim, no Brasil. O principal objetivo do trabalho, no entanto, não é definir à exaustão os seus contornos e natureza jurídica, mas analisar uma das consequências de sua aplicação em solo pátrio: a aplicação do duty to mitigate a casos de persecução judicial tardia de uma pretensão. O objetivo ganha corpo quando referidos casos têm, como pano de fundo, a recuperação de crédito bancário. A evolução legislativa e jurisprudencial a seu respeito – em especial quanto aos encargos bancários a ele atrelados – permite perceber quais prejuízos defluem do inadimplemento de operações bancárias e, por isso, deve as impulsionar à célere persecução judicial tão logo inadimplida a obrigação. Para tanto, a construção apoia-se em pesquisas bibliográficas predominantemente no campo do Direito Civil, Direito Bancário e Matemática Financeira, análises legislativas e inclusive, jurisprudenciais, tanto do regramento pátrio como do alienígena. O estudo demonstra, em última análise, que a norma de mitigação impõe à instituição financeira que, constatado o inadimplemento, obre tão logo lhe seja possível, exercitando o direito de ação destinado à satisfação judicial de seu crédito. Do contrário – ou seja, se se mantiver inerte e se demorar a promover a persecução de sua pretensão – contribuirá irremediavelmente para que seus prejuízos sejam agravados, permitindo, nesse caso, o decote do ressarcimento.
SOBRE o AUTOR
AGRADECIMENTOS
APRESENTAÇÃO
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO
1
O
duty to mitigate the loss
1.1
O duty to mitigate the loss no direito Romano
1.2
O duty to mitigate the loss na common law
1.3
O duty do mitigate the loss na Civil law
1.4
O duty to mitigate the loss no Brasil
1.4.1
O aporte em solo brasileiro
1.4.2
Duty to mitigate: Os fundamentos no Brasil
CAPÍTULO
2
DIREITO
BANCÁRIO
2.1
Formação, ascensão e declínio do Estado social: o advento do neoliberalismo e
do microssistema bancário
2.2
Operações bancárias
2.3
Os encargos das operações bancárias
2.3.1
Tarifas bancárias
2.3.2
Juros
2.3.3
Cláusula penal: a multa moratória
2.3.4
Comissão de permanência
2.3.5
Encargos de normalidade x encargos de inadimplemento
CAPÍTULO
3
A
norma de mitigar o próprio prejuízo e a recuperação de crédito bancário
3.1
Operações bancárias de empréstimo
3.2
A formação dos créditos pré e pós-inadimplência
3.3
A recuperação do crédito bancário e a norma de mitigação dos prejuízos
3.3.1
Exemplos e definição do problema
3.3.2
A recuperação do crédito bancário e a norma de mitigação dos prejuízos
Conclusões
Referências
bibliográficas
ISBN | 978-65-86300-69-7 |
Dimensões | 23 x 15.5 x 1 |
Tipo do Livro | Impresso |
Páginas | 148 |
Edição | 1 |
Idioma | Português |
Editora | Editora Thoth |
Publicação | Novembro/2020 |
-
Mestre em Direito Negocial pela Universidade Estadual de Londrina (2019) e graduado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá (2013). Atualmente, é sócio do escritório Oliveira Gonçalves Advogados Associados, atuando nas áreas de direito civil, direito processual civil, direito bancário e direito imobiliário.
Outros livros da mesma categoria:
Acessar Conta
Esqueceu sua senha?
Digite seu e-mail abaixo para iniciar o processo de recuperação de senha.