*Previsão de envio a partir do dia 24/02/2023
A resistência ao novo gera crises das mais diversas, pois somos levados a procrastinar a busca por soluções de problemas que, ou são incipientes, ou sequer existem.
Nesse contexto, é preocupante como os juristas, em certa medida, têm desprezado o problema da incorporação, no Direito, de soluções tecnológicas revolucionárias. Ainda gera perplexidade, por exemplo, o debate sobre os seguintes temas: a) Opacidade algorítmica; b) Adoção de modelos preditivos para a definição de estratégias processuais; c) Enviesamento algorítmico; d) Cortes Online; e) Aplicação automatizada de precedentes obrigatórios; f) Processamento de linguagem natural e leitura de documentos, para fins de análise probatória; h) Tomada de decisão judicial por máquinas; i) Direitos autorais de produções criadas por sistemas informatizados; j) Smart contracts; l) Online dispute resolutions – ODRs e m) Algoritmos não supervisionados e sua aplicação no Direito.
No âmbito do Direito Processual Civil, por exemplo, já não bastasse o avanço paulatino do uso da inteligência artificial, com o escopo de mudar a concepção de como se praticam determinados atos, o estado de pandemia da covid°19 serviu como catalisador da absorção de novas tecnologias. Nessa linha de intelecção, ampliou-se o espectro de debate sobre qual é o modelo adequado de uma Corte Online que, efetivamente, guarnece os direitos e as garantias processuais constitucionais.
É imprescindível, assim, rememorar que a ideia de uma Justiça Digital pressupõe um redesenho do sistema de tratamento de conflitos, que vai muito além da mera transposição de atos do mundo físico para o mundo eletrônico. Faz-se necessário instituir ferramentas que possam prevenir a litigiosidade e estimular a autocomposição, por meio de plataformas desburocratizadas, eficientes e acessíveis a todos.
Lado outro, o Direito Administrativo passa a lidar com a estruturação de um Governo Digital (Lei 14.129, de 29 de março de 2021) imbuído do propósito de alterar a dinâmica da prestação dos serviços públicos, a forma de participação dos cidadãos, os mecanismos de controle dos atos praticados pelos agentes estatais e a sistemática dos processos que envolvem a Administração Pública.
Frente ao exposto, este livro se propõe a discutir os desafios enfrentados pela Advocacia Pública, diante desse novo cenário que se descortina, principalmente no que tange ao seu papel central de construção de sólidas pontes jurídicas hábeis a viabilizar um processo de mudança comprometido com a tutela efetiva do interesse público.
*Previsão de envio a partir do dia 24/02/2023
A resistência ao novo gera crises das mais diversas, pois somos levados a procrastinar a busca por soluções de problemas que, ou são incipientes, ou sequer existem.
Nesse contexto, é preocupante como os juristas, em certa medida, têm desprezado o problema da incorporação, no Direito, de soluções tecnológicas revolucionárias. Ainda gera perplexidade, por exemplo, o debate sobre os seguintes temas: a) Opacidade algorítmica; b) Adoção de modelos preditivos para a definição de estratégias processuais; c) Enviesamento algorítmico; d) Cortes Online; e) Aplicação automatizada de precedentes obrigatórios; f) Processamento de linguagem natural e leitura de documentos, para fins de análise probatória; h) Tomada de decisão judicial por máquinas; i) Direitos autorais de produções criadas por sistemas informatizados; j) Smart contracts; l) Online dispute resolutions – ODRs e m) Algoritmos não supervisionados e sua aplicação no Direito.
No âmbito do Direito Processual Civil, por exemplo, já não bastasse o avanço paulatino do uso da inteligência artificial, com o escopo de mudar a concepção de como se praticam determinados atos, o estado de pandemia da covid°19 serviu como catalisador da absorção de novas tecnologias. Nessa linha de intelecção, ampliou-se o espectro de debate sobre qual é o modelo adequado de uma Corte Online que, efetivamente, guarnece os direitos e as garantias processuais constitucionais.
É imprescindível, assim, rememorar que a ideia de uma Justiça Digital pressupõe um redesenho do sistema de tratamento de conflitos, que vai muito além da mera transposição de atos do mundo físico para o mundo eletrônico. Faz-se necessário instituir ferramentas que possam prevenir a litigiosidade e estimular a autocomposição, por meio de plataformas desburocratizadas, eficientes e acessíveis a todos.
Lado outro, o Direito Administrativo passa a lidar com a estruturação de um Governo Digital (Lei 14.129, de 29 de março de 2021) imbuído do propósito de alterar a dinâmica da prestação dos serviços públicos, a forma de participação dos cidadãos, os mecanismos de controle dos atos praticados pelos agentes estatais e a sistemática dos processos que envolvem a Administração Pública.
Frente ao exposto, este livro se propõe a discutir os desafios enfrentados pela Advocacia Pública, diante desse novo cenário que se descortina, principalmente no que tange ao seu papel central de construção de sólidas pontes jurídicas hábeis a viabilizar um processo de mudança comprometido com a tutela efetiva do interesse público.
COORDENADORES
AUTORES
NOTA DOS COORDENADORES
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO 1
Adriana Reis de Albuquerque
Hugo de Brito Machado Segundo
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E SISTEMA DE PRECEDENTES JUDICIAIS: ALGORITMOS SABERÃO RECONHECER UMA HIPÓTESE DE DISTINGUISHING?
Introdução
1 Delimitação de conceitos
2 A utilização da Inteligência Artificial no âmbito do Sistema de Precedentes
3 O ato de aplicação do precedente vinculante a um novo caso concreto
4 A necessidade de redefinição do devido processo legal a partir do uso de novas ferramentas decisórias
Considerações finais
Referências Bibliográficas
CAPÍTULO 2
Ana Carolina de Carvalho Neves
Marcela Medeiros de Moura
ATUAÇÃO DA ADVOCACIA PÚBLICA DIANTE DOS PRECEDENTES JUDICIAIS VINCULANTES NA ERA DIGITAL
Introdução
1 O sistema de precedentes vinculantes no código de processo civil
2 Sob o enfoque da era digital
3 Cases de tecnologia e precedentes
Conclusão
Referências
CAPÍTULO 3
Cristiane Rodrigues Iwakura
ADVOGADO PÚBLICO DO FUTURO: GESTOR, PROGRAMADOR, COMPLIANCE OFFICER E ESTRATEGISTA. DA SUA ESSENCIALIDADE PARA O PROCESSO DE INSERÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Introdução
1 Advogado Público do Futuro?
1.1 Advogado Público Gestor
1.2 Advogado Público Programador
1.3 Compliance Officer
1.4 Advogado Público Líder-Estrategista
2 Das contribuições efetivas e potenciais da Advocacia Pública para a inserção das novas tecnologias na Administração Pública
2.1 Lei de Inovação e Sistema de Contratações Públicas
2.2 Desenvolvimento de ferramentas de inteligência jurídica e integração de processos eletrônicos–experiência do Sapiens na AGU, SUPER.Br e PDPJ-Br.
2.3 Inteligência analítica e mineração de dados na PGFN
2.4 Sandbox Regulatório (BACEN e CVM)
2.5 Visual Law e Legal Design Thinking
2.6 ODR’s
2.7 Redes de colaboração
Conclusão
Referências
CAPÍTULO 4
Fábio de Sousa Santos
GOVERNO ELETRÔNICO E CUSTOS DE TRANSAÇÃO NAS CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
Introdução
1 Governo Eletrônico e contratação pública
2 Custos de Transação na Contratação Pública
3 A aptidão do Ambiente digital para afetar os custos de transação na contratação pública
Conclusão
Referências
CAPÍTULO 5
Felipe Viana de Araújo Duque
Tatiana Petti Lopes Coelho
A ADOÇÃO DE ALTERNATIVAS EXTRAJUDICIAIS E DA TECNOLOGIA NA COBRANÇA DOS CRÉDITOS FISCAIS
Introdução
1 ADI 5931: indisponibilidade administrativa dos bens antes da propositura da execução fiscal com base na Lei n. 13.606/2018 e o ajuizamento seletivo
2 Transação tributária
Referências
CAPÍTULO 6
Marco Antonio Rodrigues
Filipe Medon
ADVOCACIA PÚBLICA E TECNOLOGIA: ENTRE AVANÇOS E DESAFIOS
Introdução
1 Definindo a Inteligência Artificial
2 Formas de inserção da tecnologia e potenciais desafios
3 A paridade de armas e a Advocacia Pública digital
Conclusão
Referências
CAPÍTULO 7
Henrique Cunha Souza Lima
Renan Sales de Meira
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E ATUAÇÃO ESTRATÉGICA DAS PROCURADORIAS PÚBLICAS: AS FERRAMENTAS DE ARGUMENT MINING
Introdução
1 Inteligência artificial: nivelando entendimentos
2 Processamento de linguagem natural, machine learning e ferramentas de argument mining: estágio atual e perspectivas
3 Argument mining e a atuação estratégica das procuradorias públicas
Conclusões
Referências
CAPÍTULO 8
Fredie Didier Jr.
Rafael Alexandria de Oliveira
O USO DA TECNOLOGIA BLOCKCHAIN PARA ARQUIVAMENTO DE DOCUMENTOS ELETRÔNICOS, PARTICULARES OU PÚBLICOS, E NEGÓCIOS PROBATÓRIOS SEGUNDO A LEI DE LIBERDADE ECONÔMICA E SEU REGULAMENTO
Introdução
1 A Lei de Liberdade Econômica e a ampliação do uso do documento eletrônico: armazenamento em meio eletrônico de documentos públicos ou particulares
2 Documento eletrônico: a questão da segurança e da confiabilidade
3 A presunção de autenticidade, integridade e confidencialidade do documento eletrônico certificado no padrão da ICP-Brasil
4 A previsão de hipótese típica de negócio jurídico sobre prova e sua aplicação aos documentos particulares ou públicos
5 Blockchain
5.1 O que é blockchain
5.2 Segurança e imutabilidade
5.3 Transparência
5.4 Blockchain como prova atípica
5.5 Blockchain como forma de garantir a autoria, integridade e confidencialidade de documento eletrônico
Conclusão
Referências
CAPÍTULO 9
Melissa Guimarães Castello
Guilherme Sesti Santos
O USO DA TECNOLOGIA BLOCKCHAIN PARA ESTRUTURAR A CADEIA DE CESSÕES E PAGAMENTOS DE PRECATÓRIOS
Introdução
1 O funcionamento do sistema blockchain
2 A problemática gestão dos precatórios judiciais
3 A blockchain 2.0 e a estruturação da cadeia de cessões e pagamentos de precatórios
Conclusão
Referências
CAPÍTULO 10
Leonardo Máximo Barbosa
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E EXECUÇÃO FISCAL: COMO AS MÁQUINAS PODEM AUXILIAR NA ATUAÇÃO ESTRATÉGICA DA FAZENDA PÚBLICA NO PROCESSO DE COBRANÇA
Introdução
1 Princípio constitucional da eficiência e o uso da inteligência artificial pela administração pública
2 Experiências dos tribunais brasileiros no uso da tecnologia nas execuções fiscais
3 Rating dos créditos inscritos em dívida ativa e atuação estratégica na cobrança judicial: inteligência artificial como elemento fundamental
Conclusão
Referências
CAPÍTULO 11
Lucas Bevilacqua
Verônica Issi
BLOCKCHAINS NA RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIO PELA ADVOCACIA PÚBLICA
Introdução
1 Avanços tecnológicos na Arrecadação Tributária no contexto da Economia Digital
2 Eficiência na recuperação de créditos tributários pela Advocacia Pública brasileira
3 A utilização da blockchain na recuperação da Dívida Ativa tributária
4 Perfil da Advocacia Pública Tributária 4.0
Considerações Finais
Referências
CAPÍTULO 12
Luís Manoel Borges do Vale
ADVOCACIA PÚBLICA E TEORIA TECNOLÓGICA DOS PRECEDENTES JUDICIAIS: NOVOS DESAFIOS
1 Considerações gerais sobre o sistema de precedentes do CPC
2 Modelos de julgamentos e o problema da extração da ratio decidendi
3 Tecnologias disruptivas e o Direito
4 Contornos da aplicação tecnológica dos precedentes judiciais e a necessidade de estabelecimento de novos parâmetros teóricos
5 O devido processo legal tecnológico e os precedentes judiciais
6 A Advocacia Pública e a teoria tecnológica dos precedentes judiciais
Conclusões
Referências
ISBN | 978-65-5959-405-4 |
Dimensões | 23 x 15.5 x 4 |
Tipo do Livro | Impresso |
Páginas | 284 |
Edição | 1 |
Idioma | Português |
Editora | Editora Thoth |
Publicação | Janeiro/2023 |
-
Procurador do Estado de Alagoas, nomeado Procurador Federal, Ex-Advogado da Petrobras, Presidente da Comissão de Inteligência Artificial aplicada à Advocacia Pública, Doutorando pela UNB, Mestre em Direito Processual pela Universidade Federal de Alagoas, Especialista pela Ohio University, Professor de Direito Processual Civil na Escola Superior da Magistratura de Alagoas - ESMAL e na Escola da Advocacia Geral da União - EAGU, Formador pela Enfam, membro da Internacional Association of Privacy Professionals - IAPP, da Comissão Nacional de Advocacia Pública da OAB, do Instituto Brasileiro de Direito Processual – IBDP e da Associação Norte e Nordeste de Professores de Processo - ANNEP. E-mail: borgesdovale@hotmail.com. Instagram: @professorluisvaleProfessor Associado de Direito Processual Civil da UERJ. Procurador do Estado do Rio de Janeiro. Advogado. Pós-Doutor pela Universidade de Coimbra/Portugal. Doutor em Direito Processual e Mestre em Direito Público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Master of Laws pela King’s College London. Professor de cursos de pós-graduação pelo Brasil. Membro do Comitê Nacional da Conciliação, instituído pelo Conselho Nacional de Justiça. Membro da International Association of Procedural Law, do Instituto Ibero-Americano de Direito Processual e do Instituto Brasileiro de Direito Processual. Instagram: @profmarcorodrigues
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