*Previsão de envio a partir do dia 24/01/2023
Considera-se que o nascimento do direito processual civil, como ramo autônomo, dá-se com a obra de Oskar Bülow intitulada Die Lehre von den Prozesseinreden und die Prozessvoraussetzungen (Teoria das exceções e dos pressupostos processuais) publicada em 1868.
No século que se seguiu, a preocupação da doutrina europeia e latino-americana foi com a construção dogmática dos conceitos fundamentais próprios para esse novo ramo da ciência do direito (a chamada “fase autonomista” do direito processual). É nesse contexto que são travadas as célebres e intermináveis discussões acerca de temas centrais, tais como o conceito de ação e o conceito e conteúdo da coisa julgada. Todos os olhos estavam voltados para a construção do cabedal teórico dessa nova ciência do direito. A efetividade prática da construção que se empreendia não era uma preocupação.
O Código de Processo Civil de 1973 é o perfeito exemplo das aspirações dogmáticas da doutrina processual até então vigente. Um diploma conceitualmente muito bem construído e acabado, mas que logo se revelou insuficiente para proporcionar um processo efetivo, adequado e tempestivo, quadro que se agravou em razão das rápidas alterações socioculturais que se viveram posteriormente à sua promulgação.
Só no final da década de 1980 e início da década de 1990 do século passado que a doutrina brasileira passou a ter como um dos principais objetivos a efetividade do processo sob a perspectiva do seu resultado prático. Não obstante, a forma de encarar o problema seguia sendo basicamente a mesma, qual seja, a construção de soluções a partir de modelos puramente teóricos. As razões disso são inúmeras; entre elas, destacam-se a falta de dados estatísticos do Poder Judiciário e a inexistência de uma cultura na academia de trabalhar com pesquisa empírica.
*Previsão de envio a partir do dia 24/01/2023
Considera-se que o nascimento do direito processual civil, como ramo autônomo, dá-se com a obra de Oskar Bülow intitulada Die Lehre von den Prozesseinreden und die Prozessvoraussetzungen (Teoria das exceções e dos pressupostos processuais) publicada em 1868.
No século que se seguiu, a preocupação da doutrina europeia e latino-americana foi com a construção dogmática dos conceitos fundamentais próprios para esse novo ramo da ciência do direito (a chamada “fase autonomista” do direito processual). É nesse contexto que são travadas as célebres e intermináveis discussões acerca de temas centrais, tais como o conceito de ação e o conceito e conteúdo da coisa julgada. Todos os olhos estavam voltados para a construção do cabedal teórico dessa nova ciência do direito. A efetividade prática da construção que se empreendia não era uma preocupação.
O Código de Processo Civil de 1973 é o perfeito exemplo das aspirações dogmáticas da doutrina processual até então vigente. Um diploma conceitualmente muito bem construído e acabado, mas que logo se revelou insuficiente para proporcionar um processo efetivo, adequado e tempestivo, quadro que se agravou em razão das rápidas alterações socioculturais que se viveram posteriormente à sua promulgação.
Só no final da década de 1980 e início da década de 1990 do século passado que a doutrina brasileira passou a ter como um dos principais objetivos a efetividade do processo sob a perspectiva do seu resultado prático. Não obstante, a forma de encarar o problema seguia sendo basicamente a mesma, qual seja, a construção de soluções a partir de modelos puramente teóricos. As razões disso são inúmeras; entre elas, destacam-se a falta de dados estatísticos do Poder Judiciário e a inexistência de uma cultura na academia de trabalhar com pesquisa empírica.
ORGANIZADORES
AUTORES
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO 1
Bianca Bez Goulart
Luciano Benetti Timm
SÚMULA N. 543 DO STJB E OS “DISTRATOS” DO MERCADO IMOBILIÁRIO SOB A PERSPECTIVA DA ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO
Introdução
1 Cenários de mercado imobiliário anteriores à Súmula n. 543 do Superior Tribunal de Justiça e à Lei n. 13.786/2018
2 Tomada de decisão dos promitentes vendedores e compradores durante o cenário de crise do setor imobiliário a partir de 2014: surgimento da Súmula n. 543 do Superior Tribunal de Justiça e da Lei n. 13.786/2018 - necessidade de garantia e de promoção da segurança jurídica
Considerações finais
Bibliografia
CAPÍTULO 2
Caio Brandão Coelho Martins de Araujo
O PAPEL DO PEDIDO DEDUZIDO EM PROCESSOS JUDICIAIS IDENTIFICADOS COMO JOGOS DINÂMICOS DE INFORMAÇÃO INCOMPLETA NA BUSCA DO EQUILÍBRIO PERFEITO BAYESIANO.47
1 Teoria dos Jogos como ferramenta de análise do processo civil
2 Processo civil como jogo dinâmico de informação incompleta
3 Equilíbrio: de Nash a Bayes
4 Sinalização
5 O pedido e a assimetria informacional entre as partes
6 Jogo dinâmico de informação incompleta com sinalização
Considerações finais
Bibliografia
CAPÍTULO 3
Cesar Santolim
A ANÁLISE ECONÔMICA DO PROCESSO CIVIL BRASILEIRO SOB A PERSPECTIVA DA ABORDAGEM COMPORTAMENTAL
1 Análise econômica do processo civil no Brasil
2 “Behavioral Law and Economics”
3 Possibilidades da utilização da abordagem comportamental no processo civil brasileiro
Considerações finais
Bibliografia
CAPÍTULO 4
Daniel Luiz Yarshell
SEGURO-GARANTIA (OU CARTA FIANÇA) E EFETIVIDADE DA TUTELA JURISDICIONAL EXECUTIVA: UMA ANÁLISE SOBRE OS ACRÉSCIMOS DO ART. 523, §1º, DO CPC EM EXECUÇÕES GARANTIDAS
1 Exposição do problema e do objeto deste estudo
2 Breve, mas necessária advertência
3 Correlações entre as garantias em estudo e o processo de execução
3.1 Antes: (alguns) dos elementos que orientam o devedor no processo de escolha na contratação da garantia
3.2 As garantias em estudo e a compatibilidade com o postulado de que a execução se processa no interesse do exequente, observado o princípio da menor onerosidade ao executado
3.3 Ainda da correlação entre garantia e execução: uma leitura jurídico-econômica do fenômeno
4 Impossibilidade de incidência dos acréscimos do ART. 523, §1º do CPC no contexto de execução garantida
4.1 Antes: da finalidade da multa e dos honorários previstos no contexto da execução de quantia certa
4.2 Enfrentamento do problema: acréscimos do art. 523, §1º, do CPC que representam desincentivo à apresentação de seguro garantia ou carta fiança �107
Considerações finais
Bibliografia
CAPÍTULO 5
Erik Navarro Wolkart
O QUE É COOPERAÇÃO NO PROCESSO CIVIL BRASILEIRO? DIREITO, TEORIA DOS JOGOS E PSICOLOGIA
1 A cooperação levada a sério
2 A cooperação na teoria dos jogos
3 Fundamento da cooperação no processo civil brasileiro: O devido processo legal. Devido para o quê?
3.1 Participação como instrumento de precisão do processo: Análise econômica clássica
3.2 Participação como instrumento legitimador da atividade jurisdicional, Procedural Justice e Behavior Law & Economics
Considerações finais
Bibliografia
CAPÍTULO 6
Elias Marques de Medeiros Neto
ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO, PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA E UMA NECESSÁRIA NOVA REDAÇÃO PARA O ARTIGO 16 DA LEI DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA DO BRASIL
1 Análise econômica do direito e princípio da eficiência
2 A marcha dos direitos fundamentais e o processo civil
3 O microssistema contemporâneo da tutela de direitos difusos e novas perspectivas
4 Coisa julgada e ação civil pública
5 A necessária dinâmica da conexão e da prevenção entre as ações coletivas no ordenamento jurídico brasileiro
6 A litispendência na tutela de interesses coletivos
7 Termo de ajustamento de conduta nas ações coletivas
Considerações finais
Bibliografia
CAPÍTULO 7
Flávio Luiz Yarshell
DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE CUJO PATRIMÔNIO É ESSENCIALMENTE IMOBILIÁRIO: EXAME E SOLUÇÃO DO CONFLITO SOB AS PERSPECTIVAS JURÍDICA E ECONÔMICA
Objeto
1 Dissolução parcial de sociedade cujo patrimônio é essencialmente composto por imóveis: possibilidade de divisão do acervo
2 Outra linha de argumentação: pagamento de haveres mediante dação em pagamento. A perspectiva econômica da controvérsia e da respectiva solução
3 Ressalva necessária: solução que considera a inexistência de fundo de comércio
Considerações finais
Bibliografia
CAPÍTULO 8
Igor Bimkowski Rossoni
Luiza Trani
POR QUE (NÃO) INTERROMPER UM LITÍGIO? OS (DES)INCENTIVOS PARA A MANUTENÇÃO DE DEMANDAS NO CPC
Introdução
1 Novas perspectivas introduzidas pela Análise Econômica do Direito
2 Multa do art. 523, §1º, do CPC e honorários recursais
3 Previsibilidade e custos do processo
Considerações finais
Bibliografia
CAPÍTULO 9
Ivo T. Gico Jr.
EFICIÊNCIA PROCESSUAL E HERMENÊUTICA DAS ESCOLHAS
1 O princípio da eficiência
1.1 O Princípio da eficiência processual
1.2 O conceito de eficiência: eficiência produtiva e alocativa
1.3 Aferição de eficiência: os critérios de Pareto e Kaldor-Hicks
1.4 Eficiência alocativa e legalidade
1.5 O Princípio da eficiência e a hermenêutica das escolhas
2 O Princípio da Legalidade (ou o Direito Fundamental à Legalidade)
2.1 O Princípio da Legalidade: aspecto material
2.2 O princípio da legalidade: instrumentalidade das formas
Bibliografia
CAPÍTULO 10
José Carlos Baptista Puoli
ADVOCACIA E ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO E DO PROCESSO
Introdução
1 A análise econômica do direito e do processo
2 A altíssima litigiosidade e as contribuições que a análise econômica do direito oferece para explicá-la
3 Riscos e benefícios do ato de demandar em juízo
4 A advocacia e o dever de orientação a respeito dos riscos jurídicos e econômicos da demanda em juízo
Considerações finais
Bibliografia
CAPÍTULO 11
José Wellington Bezerra da Costa Neto
FUNÇÃO ECONÔMICA DAS CORTES SUPREMAS: ANÁLISE ECONÔMICA DA DOUTRINA DA VINCULAÇÃO A PRECEDENTES.263
Introdução
1 Papel das Cortes Supremas: uniformidade do Direito e segurança jurídica
2 A função econômica dos precedentes
3 Análise econômica do overruling
Conclusões
Bibliografia
CAPÍTULO 12
Julio Guilherme Müller
ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO: POR QUE FAZEMOS O QUE FAZEMOS?
Introdução
1 A importância do método da análise econômica do direito
2 Incentivos
3 Escolhas, escassez e custos
4 Eficiência
5 As armadilhas dos vieses de comportamento
Bibliografia
CAPÍTULO 13
Luciano Benetti Timm
Manoel Gustavo Neubarth Trindade
Rafael Bicca Machado
Leonardo Maciel Benedete
CONTRIBUIÇÕES DA ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO PARA O ESTUDO DO PROCESSO CIVIL BRASILEIRO: COMBATE À MOROSIDADE E AO ACÚMULO DE DEMANDAS E RECURSOS
Introdução
1 Contribuições à dogmática jurídica processual
2 O sistema judicial civil enquanto recurso comum e a sua tragédia
3 A Teoria da informação assimétrica aplicada ao processo judicial
4 A teoria dos jogos e o estudo do processo civil
5 Jogos cooperativos e não cooperativos
Considerações finais
Bibliografia
CAPÍTULO 14
Marcelo José Magalhaes Bonizzi
Marcus Vinicius Armani Alves
LITÍGIOS DE MASSA E OS MEIOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS ENVOLVENDO A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SOB A PERSPECTIVA ECONÔMICA
1 A litigiosidade do poder público e suas relações econômicas
2 Ainda o mito da indisponibilidade de direitos e bens públicos como fator de proibição ou desestímulos à postura consensual da Fazenda Pública
3 Falta de vontade política, rolagem de dívida e orçamento
4 Análise econômica do uso de ADR pela Fazenda Pública
Bibliografia
Sites
CAPÍTULO 15
Marcelo Mazzola
A INTERFACE ENTRE SANÇÕES PREMIAIS, ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO E ECONOMIA COMPORTAMENTAL
Introdução
1 Considerações gerais sobre as sanções premiais
2 Aspectos contemporâneos das sanções premiais
2.1 Críticas à expressão sanção premial
2.2 As sanções premiais no plano legal e na seara jurisprudencial
3 Sanções premiais no CPC/15
4 Sanções premiais, análise econômica do direito e economia comportamental.373
4.1 Aproximação ao tema
4.2 Análise econômica do direito
4.3 Economia comportamental
4.4 Análise econômica do direito e sanções premiais
4.5 Economia comportamental e sanções premiais
Considerações finais
Bibliografia
CAPÍTULO 16
Maurício Zanoide de Moraes
Géssika Christiny Drakoulakis
ABORDAGEM, TRATAMENTO E RESPOSTA AO CONFLITO CRIMINAL: A REVELAÇÃO DE UMA METODOLOGIA “PERDE-PERDE” PARA O ACRÉSCIMO DE UMA METODOLOGIA “GANHA-GANHA”
Introdução
1 Espiral ascendente da violência social: violência (institucional) que gera mais violência (conflitual)
1.1 A “origem” da espiral ascendente da violência: alguns índices da criminalidade brasileira neste século XXI
1.2 Sobrecarga do sistema processual penal brasileiro: disfuncionalidade operacional e de resultados
1.3 A espiral da violência se retroalimenta: a violência institucional também gera mais violência conflitual-criminal
2 Os custos e as perdas provocados pela espiral ascendente da violência
3 De “apenas” um sistema “perde-perde” para “também” um sistema “ganha-ganha”: em direção a uma conclusão esperançosa
Bibliografia
CAPÍTULO 17
Rachel Sztajn
Milton Barossi Filho
O SUICÍDIO E O CONTRATO DE SEGURO DE PESSOA: UM ENFOQUE DA ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO
Introdução
1 Função da atuária como suporte do seguro
2 Questões jurídicas em matéria de seguros
3 Formalismo contratual e positivismo normativo
4 O suicídio e o seguro de vida: um enfoque da análise econômica do Direito
Considerações finais
Bibliografia
CAPÍTULO 18
Rafael Sirangelo de Abreu
AINDA E SEMPRE O PROCESSO COMO JOGO: DO BÉLICO AO LÚDICO; DO LÚDICO AO ECONÔMICO
1 A metáfora do processo como jogo: do bélico ao lúdico
2 O processo como jogo econômico: teoria dos jogos e a tomada de decisão em ambientes de interação entre diferentes sujeitos
3 Processo e Teoria dos Jogos: primeiras linhas sobre a utilidade e os desafios dessa aproximação
Bibliografia
CAPÍTULO 19
Rafael Stefanini Auilo
ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO E ARBITRAGEM EXPEDITA: UMA BREVE APROXIMAÇÃO
Introdução
1 Análise econômica do direito, custo e processo: uma primeira aproximação.474
2 Arbitragem expedita: características mais comuns
3 Redução dos custos de transação a partir da adoção da arbitragem expedita e os custos de oportunidades em razão de sua não escolha
Considerações finais: sistematização das ideias e uma proposta
Bibliografia
CAPÍTULO 20
Viviane Siqueira Rodrigues
A LITIGÂNCIA PREDATÓRIA NO CUSTO DO PROCESSO CIVIL BRASILEIRO
Introdução
1 Definição de litigância predatória para os fins do presente estudo
2 As nossas ferramentas atualmente previstas são eficientes na inibição da litigância predatória? Como a análise econômica do processo pode contribuir?
Considerações finais
Bibliografia
CAPÍTULO 21
Wilson Pimentel
CONSTRUINDO CONSENSO: O §2º DO ART. 3º DO CPC SOB A ÓTICA ECONÔMICA
Introdução
1 O conflito sob a ótica da AED
2 A redução da assimetria informacional no CPC 2015 e no direito comparado
3 A tortuosa sistemática da audiência do art. 334 do CPC e o art. 22, § 2º, IV da Lei de Mediação
4 Valoração do comportamento das partes
Considerações finais
Bibliografia
ISBN | 978-65-5959-394-1 |
Dimensões | 23 x 15.5 x 6 |
Tipo do Livro | Impresso |
Páginas | 536 |
Edição | 1 |
Idioma | Português |
Editora | Editora Thoth |
Publicação | Novembro/2022 |
-
Doutora e Mestre em direito processual pela Faculdade de Direito da USP. Advogada.Professor Titular da Faculdade de Direito da USP. Advogado e árbitro.Professor Associado de Direito Processual civil da USP. Livre-docente, Doutor e Mestre em Direito Processual Civil pela USP. Advogado.Mestre e doutor pela USP. Membro do IBDP e CEAPRO. Professor universitário. Advogado.Mestranda pela Faculdade de Direito da USP. Advogada.Professor Associado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, USP.
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