Famílias Marcadas pelas Falsas Memórias: A Dor de Crianças e Adolescentes Vítimas de Memórias Implantadas pela Família e as Implicações Ético-Jurídicas

*Previsão de envio a partir do dia 13/11/2022

Imagine que na infância, alguém da sua família sugeriu que coisas horríveis aconteceram envolvendo você e outro familiar. Você incorporou as sugestões a ponto de recordá-las e, desde então, a sua vida jamais foi a mesma; até hoje você convive com as tristes e sérias consequências porque tempos depois você descobriu que tais recordações eram, na verdade, falsas, ou seja, mesmo que tenha recordado, elas nunca aconteceram. Pode parecer ficção científica, eu sei, todavia não é! Essa é uma dura realidade a qual crianças e adolescentes estão sujeitos, um perigo que os cerca em seus próprios lares e afeta impetuosamente a sua integridade psíquica. Trata-se da implantação de falsas memórias, que decorre da falibilidade da memória humana em conjunto com o descompromisso ético familiar. Neste livro de viés interdisciplinar, vamos entender como a crise ética contemporânea afeta as relações familiares e contribui para que o organismo familiar prejudique seus membros mais vulneráveis. Também, vamos compreender o papel constitucional que a família tem no desenvolvimento infantojuvenil e como ela distancia-se dele ao violar a mente de crianças e adolescentes, incutindo falsos episódios de violência sexual e cometendo atos de alienação parental/familiar. E, então, poderemos captar como os Direitos da Personalidade são atingidos com essa conjuntura e, enfim, pensar em medidas para o enfrentamento desse problema tão indignante.

SOBRE A AUTORA

APRESENTAÇÃO

AGRADECIMENTOS

PREFÁCIO

SIGLAS E ABREVIATURAS

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 1

A raiz do problema: a crise ética contemporânea

1.1 O interdisciplinar como necessidade: um diálogo entre o Direito, a Ética, a Neurociência e a Psicologia Cognitiva

1.2 Premissas Ético-Filosóficas

1.3 Da ética do pensamento à ética da compreensão

1.4 A crise ética contemporânea

1.4.1 As relações familiares frente à ruptura ética

CAPÍTULO 2

O PRELÚDIO DA JORNADA: AS FAMÍLIAS, A CRIANÇA E O ADOLESCENTE À LUZ DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

2.1 Os sujeitos da trajetória antes da Constituição de 1988: do pater familias à situação irregular de crianças e adolescentes

2.2 A constitucionalização do Direito Civil: da doutrina da proteção integral ao eudemonismo familiar

2.3 As relações familiares após a Constituição de 1988: o desenvolvimento pessoal pleno de crianças e adolescentes em perspectiva

2.4 O arcabouço principiológico concernente às relações parentais

2.4.1 A   dignidade da pessoa humana e a solidariedade familiar

2.4.2 A afetividade e a responsabilidade parental ou familiar (parentalidade responsável)

2.4.3 A função social da família e o melhor/superior interesse de crianças e adolescentes

2.4.4 A proteção integral e a prioridade absoluta de crianças e adolescentes

CAPÍTULO 3

O DESEMBARCAR NO CAIS: OS DIREITOS DA PERSONALIDADE E A IMPLANTAÇÃO DO FENÔMENO DAS FALSAS MEMÓRIAS

3.1 Os Direitos da Personalidade em defesa da pessoa humana

3.1.1 O direito à integridade psíquica

3.2 A memória humana: compreensões acerca do seu real funcionamento

3.3 O fenômeno das falsas memórias

3.3.1 Violência psíquica a partir da sugestão de falsas memórias: entre a imperfeição da memória e a má-fé das famílias

3.3.2 Alienação familiar/parental mediante a implantação de falsas memórias: das afinidades às distinções

3.3.3 Falsa alegação de violência sexual familiar por meio da suscitação de falsas memórias: dentre as repercussões, a mais extrema

3.4 Implantação de falsas memórias: descompromisso ético das famílias e violação dos Direitos da Personalidade

3.5 Em busca de alternativas para o enfrentamento da imposição de falsas memórias no contexto familiar

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS