*Previsão de envio a partir do dia 19/11/2022
A pesquisa tem como problema a ser respondido se o uso de sistemas de inteligência artificial (IA) pelo empregador no processo seletivo e no controle da execução do trabalho do empregado violam os direitos fundamentais. O objetivo geral é analisar de que forma a IA está sendo utilizada no processo seletivo e no controle da execução do trabalho do empregado. Já o objetivo específico é (i) saber se o empregador com base no poder diretivo pode fazer uso da IA para controlar o processo seletivo e a execução do contrato de trabalho de seus empregados; (ii) se os sistemas de IA existentes violam os direitos fundamentais dos empregados; e (iii) se existe a necessidade de uma regulação específica sobre o uso da IA nas relações de emprego. O livro se desenvolve em três capítulos, sendo que no primeiro capítulo é feito uma linha no tempo envolvendo as revoluções industriais até o dia de hoje. Após, conceitua-se a IA e analisa-se a discussão sobre a substituição do homem pela máquina e seus impactos. No capítulo segundo, aborda-se os sistemas de IA utilizados por empregadores na seleção de candidatos e no controle das atividades executadas pelos trabalhadores. Na sequência aborda-se o poder de controle do empregador e os limites impostos pelos direitos fundamentais dos trabalhadores. O último capítulo trata sobre a regulação preventiva (ex ante) e repressiva (ex post), as principais diretrizes e propostas de regulação da IA no âmbito internacional e nacional. A conclusão foi que desenvolvimento tecnológico deve ser centralizado no ser humano tornando-o principal beneficiário dos avanços. A LGPD proíbe a coleta de dados sem o consentimento do empregado ou sem que reste demonstrado o legítimo interesse do empregador. O empregador ao utilizar a IA no processo seletivo não poderá, salvo as exceções legais, coletar dados pessoais sensíveis do candidato ao emprego. A grande preocupação com o uso da IA no controle dos empregados ao longo da execução do contrato é a análise do comportamento dos trabalhadores e não se aquilo que foi pedido está sendo cumprido ou entregue. Quando o monitoramento for feito com o uso da IA o empregador antes de implementar um sistema, deverá analisar a legitimidade e a proporcionalidade. O controle feito com único propósito de colocar o empregado em constante pressão é incompatível com o ordenamento jurídico, trazendo diversos problemas de saúde e de convivência entre os trabalhadores violando o princípio da dignidade da pessoa humana. Deve ser proibido do uso da IA com a finalidade de controlar o desempenho profissional do trabalhador, pois são muito mais invasivos e violadores dos direitos fundamentais. A interpretação sistemática das decisões e legislação mencionadas servem de parâmetros para regular o uso da IA por parte do empregador. Os projetos de regulação no âmbito nacional não trazem nada específico sobre o uso da IA nas relações de trabalho e uma previsão sobre o assunto seria muito importante para uma maior segurança jurídica.
Tags: Inteligência Artificial
Autores: Cláudio Teixeira Damilano
*Previsão de envio a partir do dia 19/11/2022
A pesquisa tem como problema a ser respondido se o uso de sistemas de inteligência artificial (IA) pelo empregador no processo seletivo e no controle da execução do trabalho do empregado violam os direitos fundamentais. O objetivo geral é analisar de que forma a IA está sendo utilizada no processo seletivo e no controle da execução do trabalho do empregado. Já o objetivo específico é (i) saber se o empregador com base no poder diretivo pode fazer uso da IA para controlar o processo seletivo e a execução do contrato de trabalho de seus empregados; (ii) se os sistemas de IA existentes violam os direitos fundamentais dos empregados; e (iii) se existe a necessidade de uma regulação específica sobre o uso da IA nas relações de emprego. O livro se desenvolve em três capítulos, sendo que no primeiro capítulo é feito uma linha no tempo envolvendo as revoluções industriais até o dia de hoje. Após, conceitua-se a IA e analisa-se a discussão sobre a substituição do homem pela máquina e seus impactos. No capítulo segundo, aborda-se os sistemas de IA utilizados por empregadores na seleção de candidatos e no controle das atividades executadas pelos trabalhadores. Na sequência aborda-se o poder de controle do empregador e os limites impostos pelos direitos fundamentais dos trabalhadores. O último capítulo trata sobre a regulação preventiva (ex ante) e repressiva (ex post), as principais diretrizes e propostas de regulação da IA no âmbito internacional e nacional. A conclusão foi que desenvolvimento tecnológico deve ser centralizado no ser humano tornando-o principal beneficiário dos avanços. A LGPD proíbe a coleta de dados sem o consentimento do empregado ou sem que reste demonstrado o legítimo interesse do empregador. O empregador ao utilizar a IA no processo seletivo não poderá, salvo as exceções legais, coletar dados pessoais sensíveis do candidato ao emprego. A grande preocupação com o uso da IA no controle dos empregados ao longo da execução do contrato é a análise do comportamento dos trabalhadores e não se aquilo que foi pedido está sendo cumprido ou entregue. Quando o monitoramento for feito com o uso da IA o empregador antes de implementar um sistema, deverá analisar a legitimidade e a proporcionalidade. O controle feito com único propósito de colocar o empregado em constante pressão é incompatível com o ordenamento jurídico, trazendo diversos problemas de saúde e de convivência entre os trabalhadores violando o princípio da dignidade da pessoa humana. Deve ser proibido do uso da IA com a finalidade de controlar o desempenho profissional do trabalhador, pois são muito mais invasivos e violadores dos direitos fundamentais. A interpretação sistemática das decisões e legislação mencionadas servem de parâmetros para regular o uso da IA por parte do empregador. Os projetos de regulação no âmbito nacional não trazem nada específico sobre o uso da IA nas relações de trabalho e uma previsão sobre o assunto seria muito importante para uma maior segurança jurídica.
SOBRE O AUTOR
AGRADECIMENTOS
PREFÁCIO
APRESENTAÇÃO
LISTA DE SIGLAS
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
A 4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
1.1 A Inteligência Artificial como um dos pilares da 4ª Revolução Industrial
1.2 Conceito de Inteligência Artificial
1.3 Inteligência Artificial vs. Inteligência Humana: os impactos sociais, jurídicos e éticos
CAPÍTULO 2
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO AMBIENTE DE TRABALHO
2.1 O uso da Inteligência Artificial nas relações de trabalho
2.2 O poder de controle do empregador na admissão e na fiscalização da execução do contrato de emprego
2.3 Os direitos fundamentais do empregado como limitador ao poder de controle do empregador
CAPÍTULO 3
REGULAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL COMO FORMA DE GARANTIR OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
3.1 A regulação preventiva (ex ante) e a regulação repressiva (ex post)
3.2 As diretrizes e propostas de Regulação da Inteligência Artificial no âmbito internacional
3.3 Projetos de Lei no Brasil sobre Inteligência Artificial
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
POSFÁCIO
ISBN | 978-65-5959-371-2 |
Dimensões | 23 x 15.5 x 3 |
Tipo do Livro | Impresso |
Páginas | 164 |
Edição | 1 |
Idioma | Português |
Editora | Editora Thoth |
Publicação | Outubro/2022 |
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Cláudio Teixeira Damilanoclaudiotdamilano@gmail.comAdvogado, Mestre em Direito pela PUCRS na área de concentração Fundamentos Constitucionais do Direito Público e do Direito Privado, com Bolsa CAPES, Pós-Graduado em Direito e Economia pela UFRGS e Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pelo CETRA-CESUSC. Formado pela Fundação Escola da Magistratura do Trabalho do Rio Grande do Sul - FEMARGS e Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela UNISINOS. Pesquisador do Núcleo de Pesquisas CNPQ/PUCRS “Relações de Trabalho e Sindicalismo”, coordenado pelo Prof. Gilberto Stürmer e “Novas Tecnologias, Processo, e Relações de Trabalho”, coordenado pela Prof.ª Denise Fincato. E-mail: claudiotdamilano@gmail.com; CV: http://lattes.cnpq.br/1215685488127905 e https://orcid. org/0000-0002-7765-9335.
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