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Processos Estruturais no Sul Global: A Transformação de Realidades Inconstitucionais por Meio dos Diálogos Institucionais

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*Previsão de envio a partir do dia 19/02/2024


Quais os limites e possibilidades da intervenção judicial na efetivação de direitos sociais, econômicos e culturais? Este livro tem como objetivo oferecer uma resposta ao leitor a partir da teoria dos diálogos institucionais e dos processos estruturais. A reestruturação de realidades inconstitucionais demanda, usualmente, o ajuste ou a implementação de políticas públicas que sejam capazes de mitigar ou erradicar as violações massivas e reiteradas a direitos fundamentais, sobretudo quando atingem grupos vulneráveis. Em cenários de ampla desigualdade social, tais quais os do Sul Global, e nos quais existe inércia proposital ou mera omissão por parte das instâncias políticas, o Poder Judiciário é recorrentemente provocado a atuar para que as promessas constitucionais sejam cumpridas. Essa atuação, entretanto, frequentemente levanta críticas a respeito de uma suposta violação à separação de poderes e à falta de capacidade institucional do Poder Judiciário, uma vez que este não conta com expertise para decidir sobre matérias originalmente políticas. As respostas às objeções, bem como a descoberta de como a atuação judicial pode ser desastrosa ou profícua em casos estruturais são construídas a partir do estudo do ativismo dialógico e de dois modelos de decisão judicial: o deferente (analisado a partir do caso Grootboom) e o compartilhado (apresentado a partir da Sentencia T-025/04). O livro destaca, ainda, o importante papel dos processos estruturais no Brasil, tanto no Supremo Tribunal Federal quanto nas instâncias inferiores, a partir da análise de casos que apontam os erros e acertos do Poder Judiciário brasileiro na proteção de direitos fundamentais, por meio de demandas estruturais.

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Autores: Eduarda Peixoto da Cunha França

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Quais os limites e possibilidades da intervenção judicial na efetivação de direitos sociais, econômicos e culturais? Este livro tem como objetivo oferecer uma resposta ao leitor a partir da teoria dos diálogos institucionais e dos processos estruturais. A reestruturação de realidades inconstitucionais demanda, usualmente, o ajuste ou a implementação de políticas públicas que sejam capazes de mitigar ou erradicar as violações massivas e reiteradas a direitos fundamentais, sobretudo quando atingem grupos vulneráveis. Em cenários de ampla desigualdade social, tais quais os do Sul Global, e nos quais existe inércia proposital ou mera omissão por parte das instâncias políticas, o Poder Judiciário é recorrentemente provocado a atuar para que as promessas constitucionais sejam cumpridas. Essa atuação, entretanto, frequentemente levanta críticas a respeito de uma suposta violação à separação de poderes e à falta de capacidade institucional do Poder Judiciário, uma vez que este não conta com expertise para decidir sobre matérias originalmente políticas. As respostas às objeções, bem como a descoberta de como a atuação judicial pode ser desastrosa ou profícua em casos estruturais são construídas a partir do estudo do ativismo dialógico e de dois modelos de decisão judicial: o deferente (analisado a partir do caso Grootboom) e o compartilhado (apresentado a partir da Sentencia T-025/04). O livro destaca, ainda, o importante papel dos processos estruturais no Brasil, tanto no Supremo Tribunal Federal quanto nas instâncias inferiores, a partir da análise de casos que apontam os erros e acertos do Poder Judiciário brasileiro na proteção de direitos fundamentais, por meio de demandas estruturais.

SOBRE A AUTORA

ORGANIZADORES DA COLEÇÃO

AGRADECIMENTOS

APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO

PREFÁCIO

INTRODUÇÃO


CAPÍTULO 1

O CONTROLE JUDICIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS E O ATIVISMO DIALÓGICO NO SUL GLOBAL

1.1 Objetivo central das Epistemologias do Sul e sua relação com o Direito

1.2 A desmistificação do custo dos direitos sociais

1.3 Capacidades Institucionais: a excessiva abstração filosófica, o institucionalismo estereotipado e o institucionalismo assimétrico

1.4 Objeções ao controle judicial de políticas públicas

1.5 Objeções de ordem democrática: violação à separação de poderes?

1.6 Críticas à falta de expertise (capacidade institucional) do Poder Judiciário

1.7 Ativismo judicial: Uma expressão multifacetada e contingencial

1.8Conclusões parciais sobre os argumentos contrários ao controle jurisdicional de políticas públicas: Quais os impactos práticos das objeções apresentadas?


CAPÍTULO 2

LITÍGIOS E PROCESSOS ESTRUTURAIS

2.1 Características do modelo processual tradicional

2.1.1 A bipolarização no processo

2.1.2 A essência retrospectiva e episódica da tutela

2.1.3 A interdependência entre direito e tutela

2.1.4 O controle das partes sobre o processo

2.1.5 Conclusões parciais sobre as características dos processos tradicionais (bipolares)

2.2 Brown v. Board of Education: o fim da doutrina “separados, porém iguais” (separate but equal)

2.3 Analisando conceitos importantes: adjudicação, reforma estrutural, processos estruturais e injunctions

2.4 Policentria e a metáfora da “teia de aranha” 

2.5 Causalidade complexa

2.6 Prospectividade: solução para o futuro ao invés de compensação para o passado

2.7 Imbricação de interesses

2.8 Factibilidade e participação

2.9 O experimentalismo e os “direitos de desestabilização”: a teoria e Sabel e Simon para os processos estruturais

2.10 A postura do magistrado no processo estrutural

2.11 Pragmatismo, estratégia e mediação na função jurisdicional

2.12 Teoria desenvolvida por Susan Sturm para sentenças estruturais dialógicas 

2.13 Distinções terminológicas necessárias para delimitar o debate: Litígio Estrutural enquanto problema e Litígio Estratégico enquanto ferramenta

2.13.1 Litígio Estratégico: conceito e características

2.13.2 Por que e quando litigar estrategicamente?

2.13.3 Como tornar clara a diferenciação entre litígio estratégico e litígios estruturais pode, na prática, contribuir para a defesa de direitos fundamentais? 

2.14 Conclusões parciais: é possível transformar a realidade social apostando no potencial transformativo do processo estrutural?


CAPÍTULO 3

MODELOS DE DECISÃO JUDICIAL ESTRUTURAL: APRENDIZADOS DA EXPERIÊNCIA SUL-AFRICANA E COLOMBIANA

3.1 Como os tribunais que exercem a função de Corte Constitucional, no Sul Global, protegem os direitos socioeconômicos e culturais? Uma análise das classificações formuladas por David Landau

3.2 Insuficiência da prestação individual

3.3 Weak-form review em Grootboom e Meaningful engagement em Johannesburg: uma análise sob a perspectiva de David Landau

3.4 Negative injunctions, individualized model e structural injunctions

3.5 Contribuições de David Landau para o enfrentamento judicial de litígios estruturais

3.6 Modelo “fraco” ou “dialógico” apresentado por Mark Tushnet

3.7 Landau x Tushnet: o que se pode aprender?

3.8 Modelo Deferente: uma análise da experiência sul-africana em Government of the Republic of South Africa v Grootboom

3.9 Modelo compartilhado: um estudo da Sentencia T-025/04 sobre o deslocamento forçado de pessoas na Colômbia

3.10 Conclusões parciais sobre o capítulo 3: modelo compartilhado, diálogos institucionais e pragmatismo


CAPÍTULO 4

LITÍGIOS E PROCESSOS ESTRUTURAIS NO BRASIL

4.1 Tentativas de regulamentar os processos estruturais e o controle jurisdicional de políticas públicas no Brasil

4.2 É possível pensar em decisões estruturantes a partir do Código de Processo Civil de 2015?

4.3 A ADPF 347 e o Estado de Coisas Inconstitucional no Sistema Carcerário Brasileiro

4.4 A falência total das políticas públicas prisionais em razão do hiperencarceramento no país: complexidade, experimentalismo e cultura punitivista como empecilhos

4.5 Bloqueios institucionais: a impopularidade e sub-representação dos presos versus resultados de longo prazo

4.6 Necessidade de Diálogo entre os Poderes

4.7 Impressões gerais sobre a ADPF 347

4.8 A experiência das instâncias inferiores: a Ação Civil Pública como ferramenta de judicialização de litígios estruturais

5.9 A “ACP” do Carvão

4.10 O caso das creches no município de São Paulo

4.11 O caso da intervenção judicial na Fundação Estadual da Criança e do Adolescente (FUNDAC/RN)

4.12 Conclusões parciais sobre o capítulo 4


CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

POSFÁCIO

ISBN 978-65-5959-662-1
Dimensões 23 x 15.5 x 4
Tipo do Livro Impresso
Páginas 214
Edição 1
Idioma Português
Editora Editora Thoth
Publicação Janeiro/2024
  1. Eduarda Peixoto da Cunha Françaeduardacunhapf@gmail.com
    Doutoranda e Mestre no Programa de Pós-Graduação em Direito no Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Pesquisadora do Laboratório de Pesquisa em Desenhos Institucionais (LAPEDI), do Programa de Extensão Acesso ao Sistema Interamericano de Direitos Humanos (aSIDH) e do Núcleo de Pesquisa em Interpretação e Decisão Judicial (NUPID). E-mail: eduardacunhapf@gmail.com.

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